O que é flexibilidade? É executar voluntariamente um movimento em sua amplitude máxima articular (ou um conjunto de articulações), dentro do seu limite, sem o risco de provocar lesões. Para medir o grau de flexibilidade das articulações devemos levar em consideração os seguintes componentes:
Elasticidade: capacidade do músculo de se esticar (estiramento elástico).
Plasticidade: grau de deformação temporária que estruturas musculares e articulações (tecidos moles, tendões...) deverão sofrer para possibilitar os movimentos.
Maleabilidade: modificações das tensões parciais da pele, gerando acomodações necessárias para o movimento executado.
Fatores fisiológicos que influenciam
Idade:
Qual é a idade em que temos maior flexibilidade? Quando nascemos. Pois a tonicidade e formação muscular ainda estão em desenvolvimento com maior quantidade de líquidos nos ossos e articulações. Com o passar do tempo a possibilidade de ser flexível vai diminuindo progressivamente, quanto mais cedo iniciar o treinamento da flexibilidade, maiores resultados serão adquiridos, sendo uma boa idade para começar a treinar entre 11 a 14 anos. Portanto, como exemplo, de uma pessoa que se começasse aos 40 anos seu treinamento de flexibilidade, com certeza não teria a mesma eficiência de resultado se tivesse começado com 20 anos.
Sexo:
A mulher é mais flexível do que o homem por uma questão hormonal, pois necessita principalmente na gravidez ser mais flexível para se preparar para o parto. A mulher tem uma taxa superior de estrógeno produz uma retenção de água maior, e uma percentagem mais elevada de tecido adiposo e menos elevada de massa muscular.
Condicionamento físico:
A elasticidade do tecido muscular e conjuntivo diminui se não houver um treinamento, além disso, o acúmulo de gordura pode reduzir os arcos de amplitude de movimento.
Individualidade biológica:
Depende da estrutura de cada pessoa, o grau de flexibilidade dependerá da estrutura óssea, do acúmulo de tecido em volta e da elasticidade dos músculos e tendões que cruzam a articulação. Qualquer variação ocorrida numa dessas estruturas seja por fenótipo ou genótipo resultará na modificação da amplitude dessas articulações, podendo ser uma pessoa mais ou menos flexível do que a outra.
Outros fatores ajudam na hora do treinamento da flexibilidade:
Respiração:
Uma boa técnica que vem da yoga, é quando utilizamos toda área pulmonar empregando a musculatura abdominal e torácica que auxiliam. A expiração e a inspiração são feitas pelo nariz , sendo que a primeiro dura o dobro do segunda. Este tipo de respiração total e profunda, pode ser observada pelos bebês quando dormem.
Concentração:
Este é o fator principal no auxilio para obtenção de bons resultados na flexibilidade, é importante ao invés de simplesmente executá-lo com o auxilio da respiração, tente sentir o movimento, relaxando toda a região.
Hora do dia:
Quando acordamos todas as partes do corpo estão em sua forma original, sem a ação da gravidade no sentido longitudinal mas sim no transversal o que isso pode influenciar? Esse fato pode provocar resistência a movimentos de maior amplitude, pois dependem do estiramento muscular e de executar arcos articulares expressivos forçando essa deformação desses componentes plásticos que se encontravam em repouso. O que pode ajudar é aquela velha história, ao acordar é preciso dar uma boa espreguiçada chegando até ao próprio alongamento. Por volta do meio dia tudo vai voltando e a flexibilidade atinge seus níveis normais.
Temperatura ambiente:
O frio realmente reduz a elasticidade muscular, basta observar que estamos sempre nos encolhendo em dias frios contraindo toda a musculatura do corpo, o que obviamente reflete sobre nossa flexibilidade. Então é muito importante o aquecimento do corpo seja o ativo ou o passivo, conforme citado no texto de aquecimento.
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Qual é a importância da flexibilidade?
- Principalmente para quem pratica atividade física, ela auxilia e facilita na execução de gestos e movimentos.
- Para bailarinos é imprescindível para fazer seus movimentos amplos, com suavidade e graça, sem mostrar esforço ou tensão muscular.
- Para os sedentários vai permitir que execute sem ajuda e de forma natural situações do cotidiano como subir numa moto, colocar um casaco, amarrar um cadarço, cortar a unha do pé, entrar em um carro.
- Pode diminuir ou até evitar o risco de lesões quando fazemos uma atividade física.
- Permite o auto-conhecimento, de perceber e superar seus limites, aumentando sua capacidade de consciência corporal.
Para trabalhar a flexibilidade é preciso ter paciência e fazê-la gradualmente, a diferença para o alongamento, é que quando chegar no seu limite você vai manter esta posição além de 30 segundos (40 a 45 segundos), é preciso respeitar a sua musculatura e dar um tempo para que ela se acostume e se acomode, tente novamente ir um pouco mais além e novamente esperar uns 45 segundos e repita mais uma vez, porém respeite o seu corpo perceba se não está sentindo algo muito diferente do que da primeira posição, lembre-se da respiração e da concentração. Existem outras técnicas, mas tome cuidado consulte sempre um profissional!!
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Eu pratico dança do ventre. E você qual atividade física você faz?
Curiosidade: Uma pessoa que pratica alongamento, yoga, etc.. e possui uma boa flexibilidade corporal, também no dia-a-dia mostra-se uma pessoa mais flexível em idéias, e se adapta melhor ao novo. Aquelas pessoas mais duras, severas, curiosamente se mostra tão rigidas, que sua extrutura corporal também reflete em sua musculatura. Então sorria, pratique uma atividade física, seja mais flexivel e consequentemente mais feliz.